Cada vez mais se torna importante tirar um estereótipo que vigorou por muito tempo na área de pedagogia: o aluno com deficiência não só pode, como deve fazer parte das escolas regulares. A escola tem um papel fundamental na inclusão dessa pessoa no dia a dia e, assim, garantir que eles possam passar não só pelo processo de aprendizagem, mas, também, de socialização, junto com outros colegas.
Mas quais são as funções da escola e dos profissionais de pedagogia neste processo? Veja a seguir alguns pontos importantes que você deve estar atento e tire suas dúvidas.
Auxiliar na socialização da criança com deficiência
Um dos principais pontos que a escola deve auxiliar na inclusão da criança com deficiência é em sua socialização. Afinal, esse é um ponto fundamental para o desenvolvimento intelectual e social nessa fase da vida.
E os professores têm o papel de auxiliarem nesse processo, não só incentivando, bem como facilitando os processos. Além disso, pode assumir o papel de mediador nos casos em que se torna importante resolver conflitos e minimizar ações que possam gerar preconceitos e discriminações.
Adequar o ensino para a situação da criança
O aluno com deficiência pode ter algumas limitações no dia a dia para o aprendizado, mas nada que impeça o seu convívio com os demais no dia a dia. Nesse caso, o papel da escola é realizar a adequação de currículo para a situação daquele aluno, de acordo com a sua deficiência.
Por exemplo, se é uma criança com deficiência auditiva ou na fala, é importante ter um intérprete de libras na sala, para que o conteúdo seja passado para ela. Se for um aluno autista, é importante conversar com os pais e compreender as dinâmicas daquela criança, adequando o ensino para ela de acordo com seu ritmo de aprendizado.
Evitar discriminações
A escola tem o papel, também, de educar para o convívio harmonioso e respeitoso com as diferenças. Não há motivos pedagógicos para a exclusão dessas pessoas na sala de aula regular e, portanto, esse momento pode ser utilizado para ensinar as crianças sobre o respeito às diferenças e evitar que se tornem pessoas preconceituosas no futuro.
Lembre-se, também, de não tornar os alunos com deficiência como algo exótico, o que pode gerar o efeito oposto. O processo do profissional é mostrar como essas crianças diferem delas, mas, em simultâneo, são tão parecidas com elas e, portanto, não precisam de tratamento diferenciado, apenas a adaptação para poderem conviver de forma harmônica com os demais.
Incentivar o convívio com a diversidade
Quando pessoas com deficiência são excluídas do convívio nas escolas regulares, isso pode gerar um afastamento de situações de diversidade. Afinal, eles estarão acostumados no dia a dia a conviver com pessoas que sejam semelhantes a eles em muitas questões.
A partir do convívio com pessoas com deficiência, muitos dos estereótipos que são feitos socialmente não vão ser aderidos na criança, devido a esse convívio que ela teve ao longo da vida com os colegas. Isso pode ser muito interessante para a formação pessoal delas.
Trazer ações inclusivas para os alunos
Ter um aluno com deficiência em uma escola regular é uma experiência interessante para quem deseja ensinar para os alunos sobre a importância de ações inclusivas no dia a dia e, também, para poderem aprender sobre questões importantes para seu dia a dia.
Por exemplo, você pode ensinar os alunos sobre a importância de aprender Libras com a presença de um aluno com deficiência auditiva em sala de aula. Afinal, essa é uma questão importante no dia a dia, permitindo que a comunicação entre pessoas com e sem deficiência ocorra de forma mais eficiente.
O aluno com deficiência pode e deve ser incluído em salas de aula regulares. Contudo, os professores responsáveis devem ter conhecimento especializado sobre como trazer isso de forma responsável para sala de aula.
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