Mulheres no Mercado Corporativo

Total
0
Shares

A cada dia que passa as mulheres estão cada vez ganhando mais força em espaços que até pouco tempo eram dominados pelo universo masculino: política, economia, saúde, cultura, meios de comunicação, artes e, como não poderia deixar de ser, no mundo corporativo.

Segundo dados publicados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (SEBRAE/SP, 2017), em 2000 as mulheres representavam 28,4% do empresariado paulista. Em 2010, elas deram um salto para 34,9% dos empresários no estado.

Um estudo da Serasa Experian (2015) revela que o Brasil possui 5.693.694 mulheres empreendedoras, o que representa 8% da população feminina do país. Isso significa que 43% dos donos de negócios do país são do sexo feminino, e 57% são homens. Do total das empresas ativas no Brasil, 30% tem mulheres como sócias.

Ainda segundo essa pesquisa (SERASA EXPERIAN, 2015), do total de empreendedoras do Brasil, 73% são sócias de micro ou pequenas empresas. O percentual sobe para 98,5% quando são contabilizadas, também, as empresas do tipo Micro Empreendedor Individual (MEI). Mais de 1,3 milhão de mulheres brasileiras são sócias de MEI.

Grandes corporações como a Coca-Cola, eBay, Walmart e Dell, entre tantas outras, divulgaram recentemente metas para elevar a participação de mulheres em seu quadro de líderes e estão trabalhando fortemente nisso, entendendo que essa ação favorece a saúde e a lucratividade da empresa, conforme reportagem da Revista HSM Management (BARSH, 2015).

Nesse contexto, a consultoria McKinsey publicou em reportagem da Revista Exame (MANO; SCHERER, 2017, online), dados que comprovam que em empresas com diversidade de gênero na gestão, o resultado financeiro é 15% superior em relação à média de suas concorrentes diretas. Quando há também a diversidade étnica na liderança, os resultados são 35% maiores. O apelo se estende à economia global. De acordo com o mesmo estudo, num cenário em que todos os países alcançassem a equiparação de gêneros, 28 trilhões de dólares seriam adicionados ao Produto Interno Bruto (PIB) global anual até 2025.

Nesse sentido, dentre as características que a Revista HSM Management (BARSH, 2017) enumera como diferenciais-chave das mulheres está a capacidade de trazer criatividade e inovação para a empresa.

De acordo com esse cenário podemos dizer, sem sombra de dúvidas, que a movimentação feminina está apenas começando a ganhar força de mercado e ainda tem um grande espaço para crescer e se estabelecer de forma definitiva, ocupando um posto de igualdade e gerando um grande impacto no mundo dos negócios.

Fontes:

BARSH, Joanna. A ascensão das mulheres e a transformação do capitalismo. Revista HSM Management, n. 109, mar-abr. 2015.

MANO, Cristiane; SCHERER, Aline. As empresas que mais promovem mulheres no Brasil. Revista Exame. Publicado em 20/10/2017. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/revista-exame/mulheres-no-topo-2/>. Acesso em 07 fev. 2020.

SERASA EXPERIAN. Brasil tem mais de 5 milhões de mulheres empreendedoras, revela estudo inédito da Serasa Experian. Marketing Services: Notícias. Publicado em 23/02/2015. Disponível em: <http://noticias.serasaexperian.com.br/blog/2015/02/23/brasil-tem-mais-de-5-milhoes-de-mulheres-empreendedoras-revela-estudo-inedito-da-serasa-experian/>. Acesso em 07 fev. 2020.

SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DE SÃO PAULO – SEBRAE/SP. Empreendedorismo feminino: cresce o número de mulheres empresárias. Estudo de mercado. Publicado em 17/10/2017. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/sp/bis/empreendedorismo-feminino-cresce-o-numero-de-mulheres-no-negocio,852aff9f3862f510VgnVCM1000004c00210aRCRD?origem=estadual&codUf=26>. Acesso em 07 fev. 2020.

Autora:

KELI DE ARAUJO ROCHA é advogada, bacharel e licenciada em Direito e Gestão de Turismo, especialista em Planejamento Educacional e Docência do Ensino Superior, especialista em Práticas Gastronômicas e Negócios em Alimentação, especialista em Master Business Innovation (MBI) e mestre em Educação. Foi bolsista do CNPq no Programa Agentes Locais de Inovação (em parceria com o SEBRAE), coordenadora de cursos de pós-graduação, professora e orientadora em cursos técnicos, graduação e pós-graduação nas modalidades presencial e EaD.

You May Also Like